Dessalinizador não precisa usar energia elétrica. Equipamento foi implantado em comunidade de rural de Pernambuco.
De cada dez cidades de Pernambuco, sete estão enfrentando situação de emergência por causa da seca. A pouca água que chega aos poços normalmente é muito salgada, mas os pesquisadores desenvolveram um equipamento que pode transformar a água cheia de sal em água potável. E o melhor, sem precisar de energia elétrica.
Há cinco meses a agricultora Irene Maria da Conceição passou a receber água encanada em casa. “Fiquei muito feliz porque a gente ia ter água tratada que fica mais fácil da gente ter água em casa não precisa ir buscar longe", conta.
Mas a água que sai da torneira tem pouca utilidade. Isso acontece porque o solo do semiárido pernambucano tem muitos sais. Ao perfurar poços ela chega salgada às torneiras.
A saída é usar um dessalinizador, o equipamento que retira o excesso de sais da água. Mas, ele é movido à energia elétrica e, ultimamente, a conta de luz está mais cara. A solução para esse problema está em um outro dessalinizador que usa a energia que vem do sol, algo que o Nordeste tem em abundância.
O equipamento foi desenvolvido por engenheiros de Pernambuco e foi instalado em Riacho das Almas, agreste do estado. A água dos poços fica armazenada em um tanque de cinco mil litros. A placa capta a luz do sol e transforma em energia. A força faz a água passar por tubos que funcionam como filtros. O sal fica retido e a água purificada vai para outro tanque já pronta para o consumo. Cada agricultor tem direito a 20 litros por dia.
Os moradores que antes dependiam do caminhão-pipa, agora têm água boa perto de casa. Irene está feliz porque não precisa mais pagar por um copo d'água. “É muito boa para cozinhar, para beber. Para tudo essa água é boa”, conta a agricultora.
O projeto foi pioneiro em Riacho das Almas. Agora o governo vai implantar o aparelho em outras comunidades rurais de Pernambuco.
Fonte: Globo.com - G1 - Amanda Dantas
Vídeo cedido pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa)
O arquipélago de Fernando de Noronha é conhecido como paraíso tropical. No verão, as temperaturas ficam acima dos 30 graus e convidam centenas de turistas à visitar as praias da "Esmeralda do Atlântico".
Quantidade de água dá para abastecer cada morador com 20 litros por dia. Entenda como funciona o projeto desenvolvido em Pernambuco.
No sábado (20), o Jornal Hoje mostrou uma reportagem feita no agreste pernambucano sobre a instalação de um aparelho chamado dessalinizador, que é movido a energia solar. A água dos poços artesianos na região é muito salgada, como acontece em quase todo o estado e o aparelho resolve o problema instantaneamente.
O dessalinizador instalado em Riacho das Almas tem capacidade para tratar cinco mil litros de água todo dia. O que dá para abastecer cada morador com 20 litros por dia. Mas os dessalinizadores podem ser preparados para tratar mais ou menos água. O projeto do governo do estado é levar essa solução que está dando certo em Riacho das Almas para outras cidades de Pernambuco.
“Você tem aqui nessa região do semiárido, um exemplo de utilização sustentável dos recursos naturais. Temos o sol como fonte de energia para retirada da água salgada da terra, a separação entre água doce e para atender as pessoas”, fala o secretário de recursos hídricos de Pernambuco, Almir Cirilo.
Uma fábrica fica na região metropolitana do Recife e já produziu mais de mil dessalinizadores que estão espalhados pelo interior do Nordeste. Mas com energia do sol são apenas dois. Um em Pernambuco e outro no Maranhão.
Para abastecer uma cidade de 500 mil habitantes, levando em conta um consumo diário de 120 litros por pessoa, uma estação de dessalinizadores custaria US$ 60 milhões – R$ 192 milhões usando energia elétrica ou US$ 120 milhões – R$ 384 milhões - se o equipamento fosse movido à energia solar.
Os gastos de operação e manutenção saem 40% mais em conta com o equipamento solar. A máquina também pode tirar o sal da água do mar. É o que acontece em Fernando de Noronha. Lá ela trata 48 mil litros de água do mar por hora.
Matéria realizada para TV Folha.
O arquipélago de Fernando de Noronha recebeu um dessalinizador AcquaPura
O arquipélago de Fernando de Noronha recebeu um dessalinizador, depois de um ano de reformas e preparação da estrutura. O equipamento vai usar a água do mar para transformá-la em água potável e abastecer toda a população 24h. O investimento de R$ 2,6 milhões foi dividido entre o governo federal e estadual.
No pequeno distrito de Camorim, funciona o primeiro dessalinizador de água movido a energia solar no Brasil.
Até o fim 2018, a Secretaria do Planejamento prevê um total de 800 dessalinizadores em operação em todo o estado de Pernambuco. (Matéria: Diário de Pernambuco)
Dessalinizador solar coletivo transforma água salgada de poços artesianos em líquido potável para gado e consumo próprio; placas captam energia para seu funcionamento
Dessalinizador movido à energia alternativa.
Equipamento foi implantado em comunidade de rural de Pernambuco.
Matéria: TV Cultura.